Classificada pela UNESCO como Paisagem Cultural e Património da Humanidade – durante a 19ª Sessão do Comité da UNESCO, ocorrida em Berlim a 6 de Dezembro de 1995 -, Sintra é um daqueles lugares mágicos onde a natureza e o homem se conjugaram numa simbiose perfeita, como que a quererem deixar-nos surpreendidos, rendidos à beleza da obra.
Sempre foi muito muito apreciada por reis e nobres, exaltada por escritores e poetas de que é exemplo incontornável Lord Byron que lhe chamou Eden glorioso. Sintra possui um rico acervo de chalets e quintas, alguns dos quais oferecem actualmente alojamento nas modalidades de Turismo Rural ou de Habitação.
Destaque também para os palácios como o da Pena, edificado na época do romantismo num dos picos da Serra, o de Seteais, do séc. XVIII, hoje convertido num elegante Hotel, e o de Monserrate, célebre pelos seus belíssimos jardins que possuem espécies exóticas únicas no país.
A magia dos cenários naturais e a memória da passagem do Homem por Sintra, as brumas misteriosas, os jogos de água e verde, traduzem uma ambiência poética muito própria, talvez única, transformando Sintra num local de grande apetência artística. E para realçar essa capacidade inspirativa do lugar, Sintra é hoje palco de várias iniciativas onde a arte se integra e se funde com a paisagem. É o caso do Festival de Música de Sintra, a transportar a música clássica para espaços ao ar livre, possibilitando uma relação íntima e recíproca entre o artista, o público e a natureza.
Mas, em Sintra, outras manifestações se realizam, nesta perspectiva de acordar um local cheio de memória e transformá-lo num espaço de cultura viva. São as diversas recriações históricas, as múltiplas exposições de pintura, de escultura, de artesanato, de fotografia, o Festival de Teatro que tanto tem impulsionado e incentivado a arte de representar na nossa região; a par da realização de vários congressos, colóquios e ciclos de conferências, a colocarem Sintra como um dos locais de maior dinamização cultural.
Uma especial referência merece a doçaria de Sintra, nomeadamente os travesseiros e as famosas queijadas que, segundo referências em documentos antigos, já se confeccionavam no séc. XII e faziam parte do rol de pagamentos de foros.
Por tudo isto, acrescido dos bons ares, da hospitalidade das gentes, das praias saudáveis do Atlântico e de uma cultura viva e constante, Sintra ainda é, como a considerou Robert Southey nos finais do século XVIII, «o mais abençoado lugar de todo o globo habitável».
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