23.12.09

Xutos e Pontapés - O Homem do Leme





Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
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Žmogus už vairo

Vienas naktį;
Valtis suka kažkur plaukti,
Šviesa tamsoje rodo kryptį
akindama viską.

Ir daugiau sąmyšio, srovė stipresnė
Bandė pagauti ir priversti pasikliauti...
Bet stiprus noras ir besiveržiantis ilgesys,
Daugiau nieko nebijodamas plaukia vyras, už vairo.

Ir noras gimus juoktis iš visko,
Noras plaukti, perplaukti pasaulį ir pabėgti,
Kaip gyvenimas - visada yra praradimas.

Gilioje jūroje,
Meluoja kitiems ten, kur pasiliko,
Pilkomis dienomis,
Poilsis amžinas ten susitiko.

Tolimame horizonte
Pučia šnabždesys ten, kur plaukia.
Per ilgą laiką
Ištrūksta ateitis, ir būna per vėlu.

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